Foi na Baixada Santista que a poesia encontrou Ricardo Max — ou talvez tenha sido o contrário.
Entre as belezas do litoral, Santos e Guarujá, ele descobriu que cada paisagem escondia um verso, cada silêncio guardava uma metáfora, cada onda trazia uma resposta que o mundo parecia não saber formular.
O cheiro do mar, impregnado de memória, começou a soprar histórias que somente o coração decifra.
A visão azul do horizonte, tão infinita quanto os próprios sonhos, transformou-se numa página aberta, pedindo para ser escrita.
Foi assim que surgiram as primeiras imagens — suaves, profundas, quase etéreas — que se materializaram em seus textos poéticos e românticos.
Com o tempo, a poesia deixou de ser apenas refúgio e tornou-se linguagem. Deixou de ser sensação e tornou-se disciplina, deixou de ser acaso e tornou-se destino.
Esse caminho se iluminaria ainda mais quando Ricardo mergulhou no simbolismo, movido por uma sede de significados que transcendessem o óbvio.
A formação em Artes Visuais, na Universidade Metropolitana de Santos, abriu mais portas internas, revelando que os mundos que sonhava sempre estiveram ali — adormecidos, esperando que alguém os materializasse, quando na época o seu combustível eram as poesias de Cecília Meireles.
Entre tintas, formas, arquétipos e metáforas, Ricardo Max descobriu que escrever era pintar com palavras. Cada poema era um quadro, Cada livro, uma galeria, Cada imagem, um portal.
Ali, entre ondas e ventos, nasceram versos.
Imagens se acenderam dentro dele como pequenas constelações, alinhando-se sobre o papel em forma de poesia, romance e reflexão.
Aquele cenário fascinante se abriu como um portal, conduzindo-o por caminhos invisíveis que só o coração conhece.
Porque para Ricardo Max, a poesia não é apenas escrita.
É uma maneira de respirar o mundo.


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