O Reino Interior e o Poder de Criar Realidades

 O Reino Está em Ti: A Imaginação como Ponte para o Divino


Introdução

Cada pessoa habita um universo próprio, moldado pelas lentes da percepção e pela força da imaginação. Este texto é um convite a olhar para dentro e reconhecer o poder divino de criar realidades através da mente, da palavra e da fé. Inspirado nas palavras de Cristo — “o Reino está dentro de vós” —, ele revela como a imaginação, quando usada conscientemente, torna-se a ponte entre o humano e o sagrado.

Ninguém vê o mundo da mesma forma — cada pessoa habita o seu próprio universo particular. Assim como não existe um floco de neve idêntico a outro, também não há uma única maneira de perceber a realidade. Eis aí a beleza da multiforme sabedoria de Deus: Ele nos permite viver dentro do universo que nós mesmos criamos.


Jesus disse: “O Reino está dentro de vós”. Não está aqui ou ali — ele reside no interior de cada um, na forma como percebemos e criamos nossa própria realidade. A beleza do meu universo é tão grandiosa que, às vezes, sinto como se fosse explodir como uma estrela ao contemplar tamanha perfeição.

Percebemos essa beleza através das conexões que criamos — um modo especial de enxergar o mundo com os olhos criativos da imaginação. Cristo afirmou que aquele que não se tornar como uma criança não pode ver o Reino, pois as crianças possuem essa maravilhosa capacidade de formar imagens mentais da realidade. É a habilidade natural de gerar universos particulares — algo que todos temos, mas que tendemos a abandonar ao longo da vida.

Ao treinar a imaginação criativa, trabalhamos com projeções e damos forma à nossa realidade. Nada que existe no mundo surgiu do nada; tudo dependeu de uma mente sonhadora e criativa, que primeiro viu o invisível, o abstrato, antes de materializá-lo. Esse é um conceito divino, pois até Deus, ao criar o mundo, primeiro sonhou com algo belo e perfeito, e então disse: “Haja luz”.

Podemos praticar o mesmo princípio quando criamos nossas orações, usando a imaginação e a palavra. A morte e a vida estão no poder da língua; quem ama o seu poder comerá do seu fruto. E podemos imaginar esse fruto enquanto falamos e damos luz aos nossos projetos mentais.



Análise critica:

Ricardo Max interpreta este texto como uma reflexão sobre o poder criativo inerente ao ser humano, um poder que é, em essência, uma centelha divina. Para o autor, a ideia central é que cada indivíduo é cocriador da própria realidade — uma visão que dialoga tanto com princípios espirituais quanto com conceitos psicológicos de percepção e consciência.

A comparação com as crianças, feita a partir das palavras de Cristo, é vista por Max como o símbolo da pureza imaginativa — a capacidade de ver o invisível e dar forma ao impossível. Quando o texto afirma que “o Reino está dentro de vós”, ele ressalta a natureza subjetiva do divino: o sagrado não é algo distante, mas uma dimensão interna acessada pela imaginação e pela fé.

Na leitura de Ricardo Max, “imaginar é criar”, e essa criação começa com a palavra — o verbo, o mesmo princípio que inaugura o Gênesis com “Haja luz”. O autor destaca que, ao unirmos imaginação e fala, nos tornamos participantes do ato criador divino. Assim, o texto não apenas descreve uma experiência mística individual, mas convida o leitor a reconhecer e exercitar o poder espiritual da imaginação consciente como instrumento de transformação e manifestação da realidade.


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